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STF Abre Inquérito Contra Deputada Acusada De Mandar Espancar Ex-Cabo Eleitoral

  • 02/11/2017
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um inquérito contra a deputada Jozi Araújo (PODE-AP) por ameaça e lesão corporal pela suspeita de que a parlamentar teria mandado espancar um ex-cabo eleitoral que cobrava uma dívida de R$ 35 mil. O ministro Dias Toffoli acatou o pedido de investigação feito pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot e reiterado pela atual procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge. A defesa da parlamentar chama a acusação de “fantasiosa” e nega, inclusive, a existência de dívida. Ela também prestou queixa por ameaça contra o ex-cabo eleitoral.
A investigação contra a parlamentar tem como base um depoimento prestado por Noel dos Santos Almeida em 3 de novembro de 2015. Ele conta ter emprestado dinheiro para a deputada entre 2014 e 2015 e ter recebido três cheques sem fundos como pagamento. Após acionar a Justiça para receber, contou que em um encontro com a parlamentar no aeroporto de Macapá (AP) ouviu de um irmão dela, chamado Josevaldo, que “seus dias estavam contados”. Ele recebeu depois telefonemas de um advogado da parlamentar solicitando que levasse os cheques para receber o pagamento, mas recusou porque já tinha deixado os cheques com sua defensora. Três dias após o último contato feito pelo advogado teria ocorrido a agressão.
De acordo com o relato de Almeida, no dia 30 de setembro de 2015 ele foi abordado por volta das 19 horas por três homens encapuzados na porta de sua residência. Com uma arma apontada a sua cabeça, os homens pediam que entregasse os cheques. Diante da recusa, ele foi espancado e teve uma unha arrancada com um alicate.
“Colocaram uma arma em sua cabeça, o conduziram até uma construção ao lado de sua casa, e o torturaram; que bateram no declarante, que arrancaram uma unha do declarante com alicate, e que diziam que queriam os cheques; que o declarante falou que os cheques estavam com sua advogada, e os 3 (três) indivíduos encapuzados falaram que se ‘você ficar falando muito, da próxima vez vamos amputar sua mão’”, registra o extrato do depoimento inicial de Almeida.
Ele só procurou a polícia depois de ter sido abordado 20 dias depois do episódio por um funcionário da deputada comentando sobre a agressão. Almeida disse que só tinha comentado o tema com sua mulher e não teria como o funcionário da parlamentar saber do ocorrido. Um laudo da Polícia Técnico Científica do Amapá, anexado ao inquérito pela defesa da deputada, comprova a existência de lesões no joelho de Almeida e a extração da unha, apesar de não apontar a evidência de tortura no caso.
 g2na politica .
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