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Delegado confirma que vizinho de Guilherme viu criança sendo levada nos braços

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O delegado Reinaldo Nóbrega, titular da Delegacia de Homicídios de João Pessoa, concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Tambaú da Gente desta quarta-feira (1º).
À apresentadora Karine Tenório, o policial deu detalhes sobre o que
 pode ter acontecido com Guilherme Marinho, cuja ossada foi enco
ntrada em uma mata e identificada após cruzamento genético com 
material fornecido pela mãe.
Guilherme, de 7 anos, desapareceu no dia 10 de fevereiro deste ano.
Minutos antes, ele estava brincando na frente da casa que morava, no bairro Costa e Silva, na Zona Oeste de João Pessoa. Saiba mais clicando aqui.
Testemunha
Questionado sobre um suposto vizinho que teria visto o momen
to em que o menino desapareceu, Reinaldo afirmou que a testemu
nha seguirá com a identificação resguardada e já está inserida no p
rocesso:
Guilherme foi visto pela última vez na rua onde mora, no dia 10 de fevereiro
Guilherme foi visto pela última vez na rua onde mora, no dia 10 de 
fevereiroFoto: Reprodução / TV Tambaú 
“Ele [a testemunha] confirma que viu Guilherme saindo nos braços 
de um homem. Também deu as características aproximadas de u
m homem e disse que ele levou o menino em direção a uma mata. 
Essa mata, vai desbocar diretamente onde a ossada do menino foi 
encontrada.
Foi na mesma direção”.
Inicialmente investigado como um simples desaparecimento, o 
caso foi reestruturado e, agora, é observado como homicídio depoi
s que uma suposta marca de agressão foi localizada no crânio.
“A polícia trabalha no intuito de encontrar o autor do crime. O caso 

Guilherme chama muito atenção dos agentes que estão habituados
 a trabalhar com desaparecimentos”, completou.
Os restos mortais de Guilherme Marinho foram encontrados durant
e as férias do delegado Reinaldo Nóbrega que, desde seu retorno à
s atividades, coletou informações e deve adiantar processos facilita
dores destinados à localização do suposto ou dos supostos respon
sáveis pelo crime.
“É importante ressaltar que recebemos uma demanda muito gran
de de denúncias sobre pessoas desaparecidas ou desencontradas
. Mas, mesmo assim, ainda é muito pequeno o percentual daquele
s casos que derivam para um fato criminoso.
No caso Guilherme, desde o dia 10 de fevereiro a delegacia se pre
ocupou em dar o respaldo necessário para localização das informa
ções e elucidação do então agora crime. Mudamos o foco e vamos 
tratar o caso como o homicídio propriamente”.
Minutos antes do desaparecimento, a criança (foto) estava brincando com amigos e não voltou pra casa.
Minutos antes do desaparecimento, a criança (foto) estava brincando
 com amigos e não voltou pra casa
Ainda segundo delegado, na Paraíba, há uma tendência para que os
 crimes tenham uma relação direta ou muito próxima com o consumo
 ou tráfico de drogas e entorpecentes.
No ‘caso Guilherme’, haverá destaque para o poder e o conflito entre
 grupos rivais.
“Esse é um outro ponto: a rivalidade entre gangues e facções denom
inadas de supostas organizações criminosas quando na verdade ela
s não são organizadas.
Infelizmente, essas facções são delimitadas por áreas ou bairros, e, 
próximo à comunidade do Taipa [onde Guilherme morava] é um redut
o de uma facção criminosa. Nas proximidades existe outro grupo. 
Sim, trabalhamos em cima dessa hipótese.
A hipótese de que uma pessoa integrante de uma facção rival tenh
a l
evado o Guilherme para matá-lo”.
Pai de Guilherme
As investigações revelam que o pai de Guilherme, atualmente preso, 
pode ter uma relação direta com o crime. Isso, de acordo com o deleg
ado, se dá por conta do envolvimento com o tráfico de drogas.
“Também trabalhamos com a hipótese de que a facção rival contrária
 a que o pai dele faz parte possa ter matado a criança como forma d
e retaliação. O pai de Guilherme teria perdido uma carga de drogas h
á cerca de três semanas antes do menino ser levado. O crime pode t
er acontecido em retaliação a esse fato”.
Suposta lesão no crânio da ossada encontrada
Ainda discreto em relação ao resultado da perícia, Reinaldo preferiu 
aguardar o recebimento do laudo para se pronunciar oficialmente.
“Não quero afirmar nada, pois o laudo ainda não está nas minhas mã
os”.
Dona Valdenice velando o filho, Guilherme Marinho
Dona Valdenice velando o filho, Guilherme Marinho
Próximos passos
Reinaldo falou sobre o inquérito que compõe os desdobramentos do
 caso. “Esse inquérito foi destinado a Vara do Tribunal do Júri. O qu
e é isso? Entre as várias instâncias que têm em João Pessoa, exis
tem setores que trabalham especificamente com esse tipo de crime.
 Então, o Tribunal do Júri trabalha especificamente com crimes contr
a a vida. O inquérito foi redistribuído”, completou.
Crime ainda sem desfecho
“Estamos investigando. Vamos chegar à verdade e não adianta ap
ontar um mero suspeito, sem nenhum tipo de indício que possa inc
riminá-lo. O que é que a gente quer: queremos chegar a uma conden
ação lá na frente”, destacou.
“A sociedade pode colaborar com qualquer tipo de crime através do 
197. As informações são distribuídas em tempo real para que a p
olícia possa haver ligar averiguar a situação. Nosso objetivo é desve
ndar esse caso o mais rápido o possível”, concluiu.
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