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'Vou cumprir a Constituição', diz presidente em exercício da CâmaraO vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Vice-presidente, Waldir Maranhão assume após afastamento de Cunha.
Em abril, Maranhão limitou investigação sobre Cunha no Conselho de Ética.


O vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), que assumiu o cargo nesta quinta-feira (5) após o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), falou pela primeira vez sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que vai "cumprir a Constituição."
"Uma palavra de serenidade: vamos cumprir a Constituição, ela conduz e baliza nossas atitudes. Portanto, vamos cumprir a Constituicao e trabalhar pela casa", disse Maranhão a jornalistas.
Um dos principais aliados de Cunha, Maranhão é vice-presidente da Casa e, assim como o peemedebista, seu nome também está nos inquéritos autorizados pelo STF para investigar políticos na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras.
O pedido de afastamento de Cunha foi feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, que atendeu a pedido feito em dezembro pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em dezembro. Na ação, Janot argumentou que o deputado estava atrapalhando as investigações da Lava Jato. A decisão é liminar (provisória).
Waldir Maranhão foi eleito vice-presidente daCâmara em fevereiro de 2015, com o apoio de Cunha. Ele está no terceiro mandato de deputado federal. O primeiro foi entre 2007 e 2011, quando o político ainda era filiado ao PSB. Já pelo PP, ele se elegeu novamente nas eleições de 2010 e de 2014.
Como aliado de Cunha, Maranhão decidiu limitar a investigação no Conselho de Éticasobre o então presidente da Casa. Com isso, o peemedebista não poderá ser investigado sobre as acusações de que teria recebido propina, conforme relato de delatores da operação Lava Jato.

Na decisão, tomada em abril, Maranhão determinou que o foco da apuração no colegiado fique somente sobre a suspeita de que Cunha teria contas bancárias secretas no exterior e de que teria mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras, em março de 2015. Cunha sempre negou ser o titular dessas contas e diz ser apenas o beneficiário de fundos geridos por trustes.
Já na votação na Câmara que decidiu pelo prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que aconteceu no dia 17 de abril, Maranhão foi um dos quatro deputados do PP que decidiu votar contra. A maioria dos deputados do partido - 38 de 45 - votou a favor do prosseguimento do processo de impeachment.
Lista da Lava Jato
O nome de Maranhão, assim como o de Cunha, está nos inquéritos autorizados peloSupremo Tribunal Federal (STF) para investigar políticos na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Na época, o ministro Teori Zavasckiautorizou a abertura de inquérito para investigar 47 políticos.
Segundo o depoimento do doleiro Alberto Youssef na delação premiada, Maranhão fazia parte de um grupo de menor expressão do PP que recebia repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil da "cota" da legenda no esquema de corrupção da Petrobras. Se os ministros do Supremo entenderem que há provas suficientes contra Maranhão, ele pode virar réu.
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