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Indicado pelo governo federal para a presidência da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna afirmou a interlocutores que vai manter a atual política de preços da Petrobras. Isso significa seguir os preços internacionais do petróleo e promover reajustes da gasolina e do diesel sem interferência do governo federal, mas com previsibilidade.

O tema é o que mais preocupa os investidores, que temem que ingerências políticas provoquem prejuízos para a estatal, assim como já ocorreu em governos anteriores. Ontem, antes mesmo do anúncio da intenção de troca no comando da companhia, as ações ordinárias (com direto a voto) da Petrobras caíram quase 8%, enquanto as preferenciais (sem direito a voto) recuaram 6,5%. Luna vai ter dificuldades de convencer o mercado de suas intenções.

A gestão do atual CEO da Petrobras, Roberto Castello Branco, é muito bem avaliada. Gestores de fundos de investimento não enxergam outro motivo para sua saída a não ser a intenção de Bolsonaro de baixar os preços do diesel para conter a pressão dos caminhoneiros.

Por causa da alta dos preços do petróleo no mercado internacional, que voltaram a US$ 60 por barril após a derrocada provocada pela pandemia do coronavírus, a Petrobras promoveu seguidos reajustes de preços. Só neste ano foram quatro altas da gasolina e três do diesel. Os caminhoneiros chegaram a ameaçar fazer greve.

O general foi escolhido para o cargo por ter experiência na área de energia e ser da confiança de Bolsonaro. Desde 2019 é diretor-geral da usina de Itaipu. Ele também ocupou o cargo de ministro da Defesa do governo Michel Temer.

É muito próximo do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.No entanto, ainda vai demorar algum tempo para que Luna efetivamente assuma a presidência da Petrobras por causa da governança da empresa que é de capital misto – a União é majoritária, mas a estatal tem ações negociadas em bolsa.

Ontem, a Petrobras informou aos investidores que recebeu um ofício do ministério de Minas e Energia indicando o nome do general e que iria convocar uma Assembleia Geral Ordinária (AGE) de acionistas. O prazo legal é de cerca de 30 dias.

A estatal também enfatizava que o mandato da atual diretoria, incluindo seu presidente, vai até o dia 20 de março. Castello Branco tem dito a pessoas próximas que não vai renunciar ao cargo. Sua saída voluntária seria a única forma de agilizar o processo.

cnn brasil

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