“Prefiro cadeias lotadas a cemitérios
cheios de inocentes”, diz Efraim
Após anos engavetada, a matéria que versa sobre a redu
ção da maioridade penal enfim deve ser apreciada no p
lenário da Câmara dos Deputados. O tema, no entant
o, é polêmico, com alas contrárias e a favor ao seu teor.
O deputado federal paraibano, Efraim Filho (DEM), que
O deputado federal paraibano, Efraim Filho (DEM), que
é um dos 27 integrantes da Comissão Especial que deba
te a matéria, por exemplo, defende “tolerância zero” para os menores que praticarem cri
mes. Para ele, é preferível ver os presídios lotados de marginais a cemitérios cheios de inoce
ntes, vítimas da impunidade.
“Sou a favor que se prenda com tolerância zero. Porque eu prefiro ver os presídios lotados de
“Sou a favor que se prenda com tolerância zero. Porque eu prefiro ver os presídios lotados de
marginais, a ver um cemitério cheio de inocentes, porque é isso que está acontecendo, quan
o se ver um pai de família morto ninguém vai saber como ficou a família da vítima, mas não f
altam vozes para defender os bandidos, e isso está errado, por isso tenho sido essa vo
z em defesa da sociedade e contra os bandidos”, desabafou.
A expectativa é que ainda nesta semana o plenário da Câmara vote a conclusão da Refor
A expectativa é que ainda nesta semana o plenário da Câmara vote a conclusão da Refor
ma Polícia e, concomitantemente, no âmbito da Comissão Especial seja iniciado o processo
de votação da redução da maioridade penal. Os debates devem durar cerca de três semanas
e, no final de junho, até o início de julho, a matéria deverá ser votada em plenário.
“Eu sou a favor da redução da maioridade penal, até porque a lei atual está ultrapassada, é a
“Eu sou a favor da redução da maioridade penal, até porque a lei atual está ultrapassada, é a
rcaica, ela é de 1940, ou seja, tem mais de 70 anos, de lá para cá mudaram as condições econôm
icas, sociais, o acesso a informação, e esse menor dizer que é incapaz de discernir entre o certo
e o errado , o licito e o ilícito, não pode, é preciso dar responsabilidade a quem tem capacidade
de assumi-la. Atualmente um menor de 16 anos elege um presidente, contrai matrimônio, constitu
bilizado pelos seus atos”, retrucou.
Para Efraim, a legislação não vai tirar o direito dos jovens, no entanto, deve deixar de defender as
Para Efraim, a legislação não vai tirar o direito dos jovens, no entanto, deve deixar de defender as
falhas, caso contrário a mensagem que ficará é a da impunidade.
Na próxima quarta-feira (10), o relator da PEC 171/93, que trata da redução da maioridade pe
Na próxima quarta-feira (10), o relator da PEC 171/93, que trata da redução da maioridade pe
nal , deputado Laerte Bessa (PR-DF), deverá apresentar seu parecer.
Ele já anunciou que o relatório deve ser favorável a redução da maioridade penal de 18 para 1
Ele já anunciou que o relatório deve ser favorável a redução da maioridade penal de 18 para 1
6 anos. Bessa quer votar o parecer na comissão até o dia 17 deste mês, uma vez que o presiden
te da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que pretende colocar a proposta e
m votação no plenário da Câmara ainda este mês.
Itamaraty deflagra operação para proteger
Lula
O Itamaraty deflagrou uma operação interna para manter
sob sigilo documentos que envolvam o ex-presidente Lula e a
Odebrecht, empresa investigada pela Operação Lava Jato
, segundo informa reportagem do jornal O Globo desta sex
ta-feira (11), assinada por Catarina Alencastro e Francis
co Leali. De acordo com o jornal, o Ministério das Relaçõ
es Exteriores (MRE) tenta impedir a divulgação de documentos das operações da empreiteir
a em outros países entre os anos de 2003 e 2010 sob argumentação que isso poderia criar em
baraço ao ex-presidente. Em abril deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) abriu procedime
nto prévio de investigação para apurar se Lula praticou crime de tráfico de influência beneficiando
a Odebrecht na obtenção de contratos da empreiteira no exterior com financiamento do BNDES.
Segundo o jornal, a ordem interna para manter papéis tidos como “comprometedores” partiu
Segundo o jornal, a ordem interna para manter papéis tidos como “comprometedores” partiu
do diretor do Departamento de Comunicações e Documentação (DCD) do Itamaraty, ministro
João Pedro Corrêa Costa, após o órgão receber um pedido de informações do jornalista Filipe
Coutinho, da revista Época, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI). Costa, em memorando, su
geriu que os documentos relacionados à Odebrecht, até então considerados “reservad
os”, fossem classificados como “secretos”.
Pela Lei de Acesso à Informação, papéis considerados como “reservados” perdem o sigilo no pr
Pela Lei de Acesso à Informação, papéis considerados como “reservados” perdem o sigilo no pr
azo de cinco anos. Os “secretos” tornam-se públicos apenas 15 anos após sua expedição. Na
prática, todos os documentos relacionados às operações da Odebrecht no exterior já poderiam ser
divulgados esse ano (inclusive os relacionados às operações de 2010). Com a manobra articulada
pelo MRE, porém segundo o Globo, os primeiros dados sobre os negócios da empreiteira no exte
rior somente viriam a público a partir de 2018. Alguns dados ainda seriam mantidos sob sigilo até 2025.
“Nos termos da Lei de Acesso, estes documentos já seriam de livre acesso público. Não obsta
“Nos termos da Lei de Acesso, estes documentos já seriam de livre acesso público. Não obsta
nte, dado ao fato de o referido jornalista já ter produzido matérias sobre a empresa Odebrecht e
um suposto envolvimento do ex-presidente Lula em seus negócios internacionais, muito agradec
eria a Vossa Excelência reavaliar a anexa coleção de documentos e determinar se há, ou não, ne
cessidade de sua reclassificação para o grau de secreto”, afirmou o chefe do DCD do Itamaraty e
m despacho interno obtido pelo O Globo.
‘O departamento responsável pela busca de material requisitado via Lei de Acesso já tinha co
‘O departamento responsável pela busca de material requisitado via Lei de Acesso já tinha co
mpilado e imprimido o material para entregar ao repórter, mas recebeu o pedido para reavali
ar tudo. Os arquivos foram distribuídos para cada setor do Itamaraty responsável pelos temas ab
de “secreto”’, informa o jornal.
Congresso em Foco
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