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Em áudio, idosa do DF acusada de mandar matar namorado de 22 anos fala em "sumir com o corpo"


Ela ligou para o parente de um dos suspeitos de executar o crime
Odete questiona se seria possível identificar a vítima mesmo o corpo sendo carbonizado
Um áudio entregue à Polícia Civil de Goiás confirma a versão de que a idosa de 60 anos é a mandante do assassinato do namorado, de 22 anos. Nas gravações, Odete Alves Cerqueira Pereira conversa com uma parente de um dos executores do crime. "A polícia não tá nem aí (sic). Sumindo o corpo, não tem como essa pessoa provar", diz a mandante em áudio. Ela estaria sendo ameaçada por uma pessoa por meio de cartas e discutia ao telefone sobre os riscos de ser descoberta.
Em depoimento na delegacia de Luziânia (GO), cidade no Entorno do Distrito Federal, a idosa presa pela suspeita de mandar matar o ex-namorado, de 22 anos, confessou o crime nesta terça-feira (1º). Odete disse que pagou R$ 300 pelo assassinato de Gerson Benício da Silva, pois se sentia “rejeitada e traída por ele”, e teria sofrido “violência psicológica”.
Inicialmente, Odete negava a autoria do crime, depois de ser presa pela Polícia Civil de Luziânia na última quinta-feira (27). Antes disso, a idosa ainda registrou ocorrência pelo desaparecimento de Gerson para tentar despistar as investigações.
No entanto, Odete mudou a versão do depoimento depois que os suspeitos por executar Gerson também foram detidos pela polícia, no dia seguinte. Ao confessar o crime, Ednardo Ribeiro Silva Junior, de 21 anos, e a namorada dele, de 17 anos, afirmaram que a motivação da idosa seria o término do relacionamento entre ela e a vítima.
O delegado responsável pelo caso, Eduardo Gomes, da Delegacia de Homicídios de Luziânia, conta que em outro trecho da gravação, Odete se preocupa em esconder as provas do crime e questiona se seria possível identificar a vítima mesmo o corpo sendo carbonizado.
Para o delegado, a versão dos comparsas tem mais consistência de fatos do que a de Odete.
— A gente tá acreditando mais na possibilidade apresentada pelos comparsas, até pelo fato dela nunca ter feito registro de nenhuma violência que ela pudesse ter sofrido. Então apesar dela alegar que sofria violência psicológica, nunca houve relato de nada, nem da vizinhança.
Gomes afirma ainda que a polícia está surpresa com o nível de crueldade e frieza demonstrado pelos suspeitos. Ele lembra não só o fato dos comparsas aceitarem matar Gerson em troca de R$ 300 e do celular dele, mas também a presença de Odete durante o crime.
— Até quem é da polícia, acostumado com crimes, se surpreende pela perspicácia da autora de planejar todo o crime, e ainda pela quantia irrisória que foi a recompensa.
De acordo com a polícia, os ossos encontrados foram encaminhados para o IML (Instituto Médico Legal) de Luziânia para exames de DNA. Odete e Ednardo estão presos temporariamente, e devem responder pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
A namorada de Ednardo, de 17 anos, foi apreendida pela polícia. Somadas, as penas dos suspeitos presos podem chegar a 37 anos de cadeia.
Assista ao vídeo:

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