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Ex-secretário de Maranhão garante que água do Rio São Francisco não chega em Boqueirão antes do fim do ano

Ex-secretário de Maranhão garante que  água do Rio São Francisco não chega em Boqueirão antes do fim do ano
 Pessimismo. Contrariando as previsões do Ministério da Integração Nacional, o ex secretário de Recursos Hídricos da Paraíba na gestão de José Maranhão, professor Francisco Sarmento, se mostrou cético em relação a chegada das águas do Rio São Francisco no açude Epitácio Pessoa em Boqueirão.

Francisco Sarmento que é especialista em recursos hídricos e foi um dos responsáveis pela construção da barragem de Camará em Alagoa Nova, afirmou que se a vazão das águas da transposição continuar do jeito que está, a água não vai chegar ao açude de Boqueirão este ano. Segundo ele, a vazão que chega ao açude de Poções, em Monteiro, é insuficiente para que a água chegue em tempo hábil a Boqueirão.

– O governo federal não divulga quanto é a vazão. Mas, você pode fazer um cálculo hidráulico e isso levaria, aproximadamente, de 150 a 200 litros por segundo. É uma estimativa bastante realista e é visível a olho nu. Do dia da inauguração até o dia 19 de março o nível de água caiu estupendamente, em função da possibilidade de encher a barragem de Barreiro, a de Campos e a de Barro Branco. A Barreiro rompeu e as outras duas não romperam porque as providências chegaram a tempo. Isso aconteceu porque as barragens devem ser enchidas e monitoradas ao mesmo tempo. Isso não pode ocorrer devido ao prazo político determinado – pontuou.

Francisco destacou que com a vazão atual a água não chegará a tempo para ‘salvar’ Campina Grande de um colapso.

– A única bomba ligada é a que restou na EBV6. A bomba da EBV5 está desligada e, se ela está desligada, a EBV1, EBV2, EBV3 e EBV4 também estão desligadas, do contrário a água estaria transbordando na estação 5. O que eu vi no domingo, a água não chega nem daqui para o fim do ano. Basta olhar para a vazão no Açude de Poções. Não precisa ser especialista para fazer essa conta – alertou.

REAÇÃO DE JOÃO FERNANDES - Em resposta a Sarmento, o presidente da Agência Executiva das águas, João Fernandes, confirmou a pouca vazão e disse que a bomba quebrada é responsável pela diminuição da liberação das águas.

 Durante entrevista a Rádio Campina FM, ele destacou que espera a regularização da situação e que técnicos monitoram os reservatórios.

– Dois diretores da Aesa, acompanhados de técnicos da área de engenharia, estão nas obras para medir a água que sai de Campos, que chega a Monteiro e a que está chegando em Camalaú. Por outro lado, o ministério recebe a notícia de que a bomba que estava quebrada foi para o conserto. A vazão inicial devia ser nove metros cúbicos por segundo, mas, no primeiro dia, baixou para quatro e posteriormente apenas 1,8 metros – contou.

João Fernandes disse também que o natural seria a liberação de nove metros cúbicos por segundo, que não é o a atual liberado, e que se não for regularizado o problema, haverá atraso em Boqueirão.

– Se não aumentar o volume de água e a mãe natureza não ajudar, não vai chegar em grandes quantidades mesmo. Se eu estou recebendo um quarto, é preciso duplicar ou quadruplicar – explicou.
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