João Rafael sobre 2016: “eu não tenho idade para aventura”
O líder empresarial João Rafael de Aguiar (PTB) voltou a defender a união das oposições em Guarabira como projeto mais viável para 2016. Em entrevista em cadeia ao vivo nesta terça-feira (13) às rádios Rural e Cultura de Guarabira e aoNordeste1, o empresário opinou sobre a resistência do PMDB e Grupo dos Girassóis em buscar um entendimento e disse que se não houver aproximação somente ‘assistirá a política de 2016’.
“Se a gente não conseguir, a gente vai assistir a política de 2016, esse é o nosso objetivo, não engano ninguém, e nem quero com isso me comprometer com qualquer seguimento, eu acho que se a minha opinião é uma voz isolada no deserto, eu tenho que entender que não chegou a oportunidade de convencer os meus companheiros, agora se cada um acha que vai vencer as eleições, que sigam em frente, é um desejo e eu tenho que respeitar porque a minoria tem que se calar em determinados momentos”, declarou João Rafael.
Respondendo sobre sua possível filiação ao PSB ou PMDB, João declarou antes de qualquer coisa seu interesse é unificar as oposições e apresentar um nome que deve partir da opinião pública.
“Nosso interesse é unir as oposições de Guarabira, seja de que partido for o candidato, seja quem for o candidato, eu não estou aqui separando, dizendo que vou ao partido A e vou sozinho, eu não tenho idade para aventura, eu gosto da experiência, já vivi essa experiência, entendo que Guarabira é uma cidade importante e que nós devemos respeitar a opinião publica e se ela agraciar o nome de A ou de B, nós temos que respeitar”, ponderou JR.
Para isso, ele apelou ao Grupo dos Girassóis, que faz parte, para que busquem o entendimento com o PMDB e outros partidos.
“Eu apelo para o bom senso, dos meus amigos, companheiros de luta, dos Girassóis, para que a gente tenha pelo menos a possibilidade de sentar à mesa com as pessoas que representam o PMDB e outros partidos na cidade de Guarabira para uma possível composição, não estou dizendo que vai haver composição, estou dizendo que a gente deva tentar. Não vejo dificuldade em sentar as pessoas em volta de uma mesa e discutir um projeto que é um projeto viável para Guarabira, esta é a minha esperança”, declarou o empresário.
Sobre o lançamento de seu nome como candidato, João disse que o desejo tem que partir do povo, mas que se sente preparado pela sua experiência administrativa.
“Não serei candidato de mim mesmo, não serei candidato de grupo, eu serei candidato do povo, e esse povo de Guarabira, está entendendo a necessidade de Guarabira ter um gestor que tenha pratica em gerenciamento administrativo, eu sou uma pessoa que tenho levado o nome dessa cidade em quase todas as fronteiras desse país”, disse.
Um dos principais impedimentos de uma reaproximação dos Girassóis com PMDB, é a decisão do deputado estadual Raniery Paulino (PMDB) permanecer fazendo oposição ao governador Ricardo Coutinho (PSB), contudo João Rafael disse que é um problema a ser resolvido entre os dois e não entre os grupos de Guarabira.
“Em 2014 decidiu-se, o PMDB, ir quase por inteiro para o projeto político do governador, e Raniery foi muito correto quando disse – eu não vou nem pra Cássio nem pra Ricardo – e eu pergunto, foi rejeitada essa aliança por conta dessa decisão? Não foi rejeitada por que o interesse maior era o projeto do governador. O interesse maior é a cidade de Guarabira, o projeto novo que queremos construir que precisamos contar com o deputado. Se o governador precisa de Raniery e Raniery precisa do Governador, que eles dois se entendam, não compete a nós criticarmos nem o governador nem o deputado, por que a gente for pensar por esse lado a gente emperra toda vez ninguém quer sentar a mesa”, explicou João Rafael.
A entrevista contou com a intervenção ao vivo de convidados. (Fotos: Jéssica Andrade / Nordeste1)
João ainda criticou a atitude do prefeito de Guarabira Zenóbio Toscano (PSDB), em não buscar parcerias para o município por questões políticas, para o empresário essa atitude só prejudica ao povo.
“Nossa cidade não pode ficar a mercê de um gestor que não se senta à mesa com o governador nem com um secretário de estado porque não é do seu partido, isso é ignorância política, quem perde é o povo, o gestor é rico não precisa de nada pra ele, mas o povo de Guarabira precisa, e precisa de pessoas que tenham capacidade de dialogar seja com quem for de oposição de situação, mas que sente a mesa e que respeite o direito dos outros, Guarabira é uma cidade que devemos considerar que está em cima de qualquer decisão é a cidade que prevalece, é o povo que precisa, e não podemos governador nem pra A nem pra B e temos que governador para o povo pensando no povo”, concluiu.