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GOVERNO AVALIA CASO DE PROFESSOR QUE TERIA VÍNCULO COM REDE TERRORISTA


  O governo brasileiro avalia que medidas pode tomar em relação a um físico condenado por terrorismo na França e que atualmente dá aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O Jornal Nacional teve acesso às mensagens, que segundo a Justiça francesa, foram trocadas entre o físico, de origem argelina, e um representante da rede terrorista Al Qaeda. São 35 emails que comprovariam relações do professor com a organização.
A revista “Época” revelou no último fim de semana que Adlène Hicheur foi condenado por terrorismo na França. Preso em 2009, cumpriu a pena e chegou ao Brasil em 2013.
Em carta a colegas, o professor disse que foi preso de forma injusta e que somente visitou sites islâmicos subversivos.
Decisão da Justiça francesa, à qual o JN teve acesso, cita mensagens trocadas entre Hicheur e um representante da Al Qaeda encontradas em buscas na casa do professor, em Ornéx, na França.
Em junho de 2009, ele recebe a proposta em francês:
“Caro irmão, vamos ser diretos: você está disposto a trabalhar dentro de uma unidade em ativação na França? Quais ajudas seriam possíveis oferecer? Quais suas sugestões?”
Ele responde que sim e diz que queria morar na Argélia, mas pode mudar seus planos e ir para a Europa se a estratégia for “trabalhar dentro da casa do inimigo e esvaziar o sangue das suas forças”.
O integrante da Al Qaeda comemora: “Por Deus, você me agradou muito”.
A Justiça francesa cita também documentos encontrados na casa de Hicheur sobre a historia do Islã. Um deles traz indicações sobre fuzis de precisão e detalhes militares.
A UFRJ diz que a contratação do professor seguiu os tramites habituais.
A Polícia Federal já monitorava Adlène Icheur desde 2013. Em outubro do ano passado, agentes fizeram buscas na casa dele, no Rio, e na UFRJ. O visto de trabalho do professor vale até julho deste ano.
Nesta terça-feira, a presidente Dilma Roussef conversou sobre o assunto com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que avalia quais medidas pode tomar.
“Eu não posso dar detalhes daquilo que efetivamente se coloca. Por isso, a questão está sendo estudada do ponto de vista jurídico pelo Ministério da Justiça, pelo Itamaraty, pela Casa Civil, para que possamos então ter uma definição a respeito”, afirmou Cardozo.
Adlene só sai do país se a UFRJ cancelar o contrato de trabalho – já que a permanência no Brasil está vinculada a isso – ou se o Ministério da Justiça decidir cancelar a permissão para ele ficar no país.
Na noite desta terça, o Ministério da Justiça divulgou a seguinte nota:

Nota à imprensa

O Ministério da Justiça declara que:
1 – O inquérito policial relativo ao senhor Adlène Hicheur, aberto pela Polícia Federal, tramita em sigilo, não sendo possível divulgar quaisquer informações a respeito.
2 – Outros aspectos jurídicos relativos ao caso estão sendo analisados, em conjunto, pelos órgãos técnicos do Ministério da Justiça.
FONTE: G1.GLOBO

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