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Planalto ameaça deputados favoráveis a impeachment com pente-fino em cargos


Catarina e para quem o impeachment se tornou "inevitável", como disse em entrevista a um colunista de seu Estado em outubro.

Volta no tempo

O Planalto, no entanto, sabe que é muito difícil desenrolar o novelo de cada nomeação e detectar a origem da indicação política. Mas o trabalho em curso envolve vasculhar nomeações antigas, inclusive dos governos Itamar Franco, que era peemedebista, e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Várias dessas nomeações foram esquecidas e os supostos afilhados ainda estão nos mesmos cargos. Esse problema não existe apenas em relação ao PMDB, mas em todos os partidos da base. Daí a tentativa de mapeamento e busca da origem da indicação política.
Embora o mapeamento dos cargos seja recorrente - foi feito nos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e já na gestão Dilma -, nem sempre se conseguiu detectar o padrinho "original" de um ocupante de cargo de confiança. Até porque há funcionários de segundo e terceiro escalões que buscam novos padrinhos políticos para manterem o comissionamento ou que escondem o apadrinhamento, justamente para evitar pressão sobre seus aliados políticos.
Ainda no segundo mandato de Lula, os articuladores políticos da gestão petista avaliaram que, dos cerca de 22 mil cargos no governo, 5 mil seriam os realmente importantes para a divisão de poder entre os dez partidos que apoiavam o presidente no Congresso naquela época.
Hoje, em tese, há 18 legendas que dizem sustentar Dilma, mas na prática essas siglas conseguem garantir apenas cerca de 250 votos contra o impeachment na Câmara. O número é suficiente para impedir a abertura de processo pelo afastamento de Dilma, mas pequeno para uma base de apoio ao governo - é inferior à maioria simples da Câmara, composta por 513 deputados.

Lideranças

O mapeamento também dará subsídio às conversas que o governo terá a partir desta semana sobre a escolha das lideranças dos partidos da base, em fevereiro. Para o Planalto, é fundamental garantir o maior número de líderes na Câmara contrários ao impeachment, pois eles vão indicar os integrantes da Comissão Especial do impeachment. Essa tarefa está a cargo do ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.
O desafio é não fazer com que essa interferência abra crises como a ocorrida no PMDB, que teve o líder Leonardo Picciani (RJ), contrário ao impeachment, destituído e reconduzido ao posto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


CONTRA - José Sarney (PMDB), ex-presidente da República (1985-1990): aliado do governo Dilma Rousseff, ele se manifestou contra o impeachment ainda em março, quando a presidente começou a sofrer pressão. "Isso não tem nenhum sentido. É apenas uma reminiscência do impeachment do Collor", disse, à época. Depois do acolhimento de Cunha, Sarney articulou, com outras lideranças do PMDB, para fechar o apoio da bancada do partido no Senado a Dilma Leia mais Beto Barata - 16.mar.2015/ Folhapress

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