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Grávida do 3º filho anuncia doação de bebê no facebook

Grávida do 3º filho anuncia doação de bebê no facebook
Grávida de cinco meses, uma jovem de 20 anos, que trabalha como diarista em Poconé, a 104 km de Cuiabá, anunciou em um site de relacionamento a doação do bebê que espera. A publicação foi feita no último domingo (22) em um grupo destinado à venda de produtos usados. Ela informou que, após o anúncio, ‘arrumou’ uma mulher para ficar com a criança assim que nascer.

“Não quero ficar com o bebê porque não tenho condições de cuidar. Já tenho outros dois filhos que ficam comigo”, afirmou. Ela não deu outros detalhes da vida pessoal à reportagem. Em postagens na internet, disse que descobriu a gravidez somente no último dia 16 e que preferia doar o filho a abortar. O caso já chegou ao Conselho Tutelar do município. “Já entramos em contato com a mãe e iremos tomar providências”, afirmou a conselheira Nilda Rodrigues Ferreira. Essa não é a primeira vez que a jovem foi atendida no Conselho, porém a conselheira não informou os motivos dos acompanhamentos anteriores.

O anúncio postado no domingo diz: ‘Procuro um casal para adotar um bebê. Estou grávida, não tenho condisao de cria. Ce alguen interessa me liga (sic)’. Após a mensagem, ela deixou um número de telefone. Várias pessoas fizeram comentários e questionaram o motivo pelo qual ela não queria o bebê e a resposta foi de que a criança atrapalharia. “Não dá. Criança tranca a vida da gente”, escreveu. Após alguém questionar por que não cobrar a pensão do pai que a deixou depois de descoberta a gravidez, a jovem disse que não iria passar a vida cuidando de criança por causa de pensão. “Nao eh pq o pai e bem de situasao que vou viver minha vida cuidano de criansa por causa de uma mixaria de pensao (sic)”, respondeu.

A jovem não cometeu nenhum crime ao anunciar o interesse em doar o filho, segundo o promotor da Vara da Infância e Juventude de Cuiabá, José Antônio Borges. “Esse tipo de doação não pode ser criminalizada. Crime é jogar no lixo”, afirmou. Ele disse que ela deveria receber acompanhamento psicológico durante a gravidez. Contudo, ela não poderá doar o filho sem o consentimento da Justiça. Ele explicou que é comum mães manifestarem interesse em doar os bebês ainda na gravidez. Nestes casos, a gestação deve ser acompanhada e, depois do nascimento, a criança é levada para um abrigo. A adoção será concedida a uma pessoa que já estiver na fila dentro dos critérios legais. Parentes da mãe, menos os avós, também poderão adotar o bebê.

 

G1
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