Shopping fantasma no ABC paulista
O prédio abandonado do Best Shopping, em São Bernardo do Campo, será demolido em menos de 60 dias, segundo representantes dos proprietários. Fechado desde janeiro de 2001, a construção de três pavimentos divididos em 8 mil m² se tornou uma dor de cabeça para moradores da Chácara Inglesa, bairro nobre da cidade localizada na Grande São Paulo.
Fundado em julho de 1986, o empreendimento chegou a receber média de 5 mil pessoas por semana e até 10 mil aos fins de semana, o que era um marco para a época. Nos 14 anos em que ficou abandonado, o prédio serviu de casa para moradores de rua, usuários de drogas, para skatistas, pichadores, grafiteiros, praticantes de esportes radicais, como parkour, treinamento militar e há relatos até de rituais macabros.
"De 2002 a 2006 o prédio sofreu várias invasões, foi saqueado, furtaram fios elétricos, elevadores e os metais da escada rolante. Teve muita ação da polícia no local para a retirada dessas pessoas. Muitos chegaram a usar o espaço para fazer rituais macabros", disse Zenilson Gurgel, último administrador do Best Shopping, entre os anos de 1996 a 2001.
O tão esperado anúncio da demolição do que sobrou do Best Shopping foi feito pelo advogado do empreendimento, Marco Alexandre. “Assumi o Best Shopping há quatro anos com o objetivo de unificar as 192 matrículas de proprietários das lojas. Para fazer qualquer ação, como a demolição do prédio, é preciso ter até 80% do quórum e chegamos a 92% desses proprietários, mais a massa falida da construtora.”
Denise Gil Bilha, 56 anos, é sindica de um dos prédios residenciais no entorno do Best Shopping e disse que tem medo de andar “Não consigo e não ando aqui, nem minhas filhas. Em função do prédio abandonado, como está, minha família não anda a pé aqui. Já soubemos de casos de assaltos e outros crimes.” Segundo ela, já foram registrados vários crimes na região e a demolição do prédio deve melhorar a segurança dos moradores. “Já vimos assaltos a mão armada, roubo de carro, de celulares, estupros, abandono de carro roubado aqui perto.”
Ezaú Oliveira de Brito, 55 anos, é vigilante do prédio durante alguns dias da semana há oito meses. “O mais difícil é manter o cercado do prédio. De vez em quando aparece alguns casais fazendo sexo aqui, consumindo drogas. Tem até quem faz trabalho de magia negra.” Ele lembra que em 1992 frequentou o Best Shopping e chegou a comprar o terno para seu casamento. “Tomei um susto quando vi. Não sabia que o prédio estava tão abandonado assim.”
Os moradores vizinhos estão ansiosos e apreensivos com a possibilidade da demolição do Best Shopping. Segundo eles, já ocorreram outras promessas de que o prédio seria destruído e não aconteceu. “Temos vários estudos do que pode ser construído neste espaço, mas o primeiro passo é colocar o prédio no chão. A demolição sai”, disse o advogado.
Jorge Assad, 51 anos, é vizinho do prédio abandonado e disse que só acredita na demolição quando olhar os escombros. “Aqui era um ponto de confraternização de moradores da região. Depois do fechamento do shopping passamos a conviver com um cenário urbano deprimente. Esperamos que o que for construído aqui leve em conta o trânsito já saturado e que não provoque mais caos na região.”
Fundado em julho de 1986, o empreendimento chegou a receber média de 5 mil pessoas por semana e até 10 mil aos fins de semana, o que era um marco para a época. Nos 14 anos em que ficou abandonado, o prédio serviu de casa para moradores de rua, usuários de drogas, para skatistas, pichadores, grafiteiros, praticantes de esportes radicais, como parkour, treinamento militar e há relatos até de rituais macabros.
"De 2002 a 2006 o prédio sofreu várias invasões, foi saqueado, furtaram fios elétricos, elevadores e os metais da escada rolante. Teve muita ação da polícia no local para a retirada dessas pessoas. Muitos chegaram a usar o espaço para fazer rituais macabros", disse Zenilson Gurgel, último administrador do Best Shopping, entre os anos de 1996 a 2001.
O tão esperado anúncio da demolição do que sobrou do Best Shopping foi feito pelo advogado do empreendimento, Marco Alexandre. “Assumi o Best Shopping há quatro anos com o objetivo de unificar as 192 matrículas de proprietários das lojas. Para fazer qualquer ação, como a demolição do prédio, é preciso ter até 80% do quórum e chegamos a 92% desses proprietários, mais a massa falida da construtora.”
Denise Gil Bilha, 56 anos, é sindica de um dos prédios residenciais no entorno do Best Shopping e disse que tem medo de andar “Não consigo e não ando aqui, nem minhas filhas. Em função do prédio abandonado, como está, minha família não anda a pé aqui. Já soubemos de casos de assaltos e outros crimes.” Segundo ela, já foram registrados vários crimes na região e a demolição do prédio deve melhorar a segurança dos moradores. “Já vimos assaltos a mão armada, roubo de carro, de celulares, estupros, abandono de carro roubado aqui perto.”
Ezaú Oliveira de Brito, 55 anos, é vigilante do prédio durante alguns dias da semana há oito meses. “O mais difícil é manter o cercado do prédio. De vez em quando aparece alguns casais fazendo sexo aqui, consumindo drogas. Tem até quem faz trabalho de magia negra.” Ele lembra que em 1992 frequentou o Best Shopping e chegou a comprar o terno para seu casamento. “Tomei um susto quando vi. Não sabia que o prédio estava tão abandonado assim.”
Os moradores vizinhos estão ansiosos e apreensivos com a possibilidade da demolição do Best Shopping. Segundo eles, já ocorreram outras promessas de que o prédio seria destruído e não aconteceu. “Temos vários estudos do que pode ser construído neste espaço, mas o primeiro passo é colocar o prédio no chão. A demolição sai”, disse o advogado.
Jorge Assad, 51 anos, é vizinho do prédio abandonado e disse que só acredita na demolição quando olhar os escombros. “Aqui era um ponto de confraternização de moradores da região. Depois do fechamento do shopping passamos a conviver com um cenário urbano deprimente. Esperamos que o que for construído aqui leve em conta o trânsito já saturado e que não provoque mais caos na região.”
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